quarta-feira, 21 de novembro de 2018

(1_BIO_LIC_NB_LOREN_SANTOS) CIRURGIA BARIÁTRICA



     A cirurgia bariátrica é uma cirurgia de redução do estômago que reduz o peso, é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, e é indicada para pacientes que tem obesidade grau 3, com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 40 ou IMC entre 35 e 40 com pelo menos duas complicações relacionadas, e que mesmo praticando atividade física e se alimentando de forma correta, não obtém resultado.
    A obesidade está aumentando a cada dia em várias partes do mundo, geralmente porque as pessoas tem se alimentando de forma desequilibrada e se tornando sedentárias, ela também pode ser genética.
    Primeiro, precisamos entender melhor a anatomia do sistema digestório, principalmente o estômago.


Tipos de cirurgia bariátrica:

Gastroplastia em Y de Roux (GYR): também conhecida como Bypass Gástrico, diminui para 10% a capacidade do estômago, restringindo a quantidade de comida ingerida e desviando esses alimentos para a primeira porção do intestino, chamada duodeno, até a porção intermediária do órgão, chamada jejuno. Dessa maneira, há redução do hormônio grelina, responsável pela fome e liberação de hormônios próprios do intestino que promovem saciedade.

Gastrectomia vertical (GV): remove de 70 a 85% do estômago do paciente, transformando-o em um tubo estreito. Desta maneira, há redução do hormônio grelina, associado à fome e a absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B não é afetada. Se não funcionar, pode ser transformada em Bypass Gástrico ou Derivação Bileopancreática, mas não é reversível, como a Banda Gástrica. Além disso, por envolver procedimentos mais complexos também está ligada a um risco maior de complicações. Corresponde a 15% dos procedimentos.

Derivação Bileopancreática (DBP): é uma associação da Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado, com desvio intestinal. Esse desvio faz com que o alimento venha por um caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático) venham por outro e se encontrem somente a 100 cm de acabar o intestino delgado, inibindo a absorção de calorias e nutrientes. A vantagem é que a técnica possibilita maior ingestão de alimentos, reduz a intolerância alimentar e promove maior perda de peso. Por outro lado, pode ocorrer desnutrição de intensidade variável ao longo do tempo. Diarreia, flatulência e deficiência de vitaminas também são comuns. A Derivação Bileopancreática corresponde a 5% dos procedimentos.

Banda gástrica ajustável: é um dispositivo de silicone colocado no começo do estômago. Ela fica ligada a uma espécie de reservatório no qual é possível injetar água destilada para apertar mais o estômago ou esvaziar para aliviar a restrição. A vantagem do método é o fato de ele ser reversível, pouco invasivo, o que reduz a mortalidade, e permite ajustes individualizados. Por outro lado, há risco de rejeição da prótese ou infecção e a perda de peso é, muitas vezes, insuficiente para que a saúde do paciente seja considerada estável. Ela é inadequada ainda para pacientes com compulsão por doces, portadores de esofagite de refluxo e hérnia de hiato volumosa. Corresponde a 5% dos procedimentos.
Para a realização da cirurgia, é necessária uma série de exames, que varia de acordo com cada paciente, mas os mais comuns são:

. Endoscopia digestiva
. Ultrassom abdominal
. Exames de sangue

O paciente também precisa se consultar com profissionais obrigatórios como:

. Cirurgião
. Cardiologista
. Psiquiatra
. Psicólogo
. Nutricionista

Aplicação didática: Este material pode ser utilizado como comentário em uma aula sobre sistema digestório, principalmente em um curso de medicina, mostrando a anatomia e como funciona a digestão, para que saiba como esta cirurgia age, também pode ser fonte de pesquisa para quem busca um recurso para emagrecer.



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